terça-feira, 29 de março de 2011

I'm as happy as I can be

Mau humor matinal. Movimentos tão lerdos que mal se sabe haver alguém acordado em casa. Tomo meu café num silêncio estrondoso que só é interrompido pelo barulho que faço quando tomo meu toddynho. Sigo em estado vegetativo, como todas as manhãs, até a hora de sair de casa. No carro, coloco uma musiquinha que faça bem ao meu espírito até então mal humorado. As coisas vão melhorando. Chego na facul. Minha cara de sono se depara com a cara de sono alheia. Sorrio feliz. Começa a aula. O bom humor que tinha começado a surgir, desacelera. O professor começa a falar e eu vou entendendo a matéria até o meu sono se pronunciar (maldito). O olho começa a pesar. As palavras proferidas pelo professor agora já não fazem sentido. Tentativa inútil de me manter ligada na aula. Agora já era. O tédio se instala. Pego o celular e começo a ler meu twitter, que infelizmente não me traz muitas linhas a serem lidas. Tento o facebook, pior ainda. Lembro do MSN, ninguém interessante conectado. Me agarro as minhas duas últimas esperanças, o bbm ou o WA, e penso “por favor amigas lindas, me salvem desse tédio que me assola a essa hora da manhã, e que quer acabar com o meu bom humor ainda nem estabilizado”.  Minutos de tensão. O tédio só aumenta. Penso em como em poucas horas o meu dia já conseguiu ficar tão ruim. O ponteiro do relógio parece se mover pra trás. Fico impaciente. O fim da aula não chega nunca. Ápice do tédio. Olho meu celular na esperança de ver a luzinha piscar vermelha, me dizendo que há algo que talvez me tire do tédio e me desperte pra o bom humor novamente. E lá estão elas, minhas amigas lindas, finalmente se comunicando comigo. Aos poucos vou ficando esperta. Consigo captar algumas coisas que o professor fala. Bom humor. O ponteiro do relógio nota que a aula está voltando a ser produtiva e, como ele não gosta de mim, põe-se a trabalhar depressa. Fim da aula. Faço o caminho de volta para casa, acompanhada das minhas musiquinhas milagrosas. O humor começa a melhorar significativamente. Venho cantarolando em voz alta o caminho todo. Vai chegando perto de casa e começa a tocar uma música que gosto muito. O pé passa a pressionar levemente o acelerador. Pra quê a pressa, né?! Fim de música. Chego em casa. Desço do carro. Estou leve. Feliz. Bem humorada.

O dia vai seguindo. Estou calma. Problemas e preocupações aparecem. Não deixo o stress tomar conta de mim e estragar o meu dia. Sigo calma. Calminha. Como se minha personalidade, antes altamente estressada, nunca tivesse existido.

É assim que vem sendo os meus dias ultimamente. Estou ficando preocupada comigo mesma. Ando muito feliz. Leve. Bem menos estressada do que costumo ser. De bem com a vida, talvez. Não sei. Fico tensa quando estou muito feliz, porque sempre acho que vai acontecer uma coisa muito ruim depois. E eu já venho nessa felicidade leve há algum tempo. Medo!

29/03/11

domingo, 27 de março de 2011

Realidade triste

Triste. Triste perceber o descaso das pessoas por coisas tão sérias.

Hoje (26/03), tivemos mais um dia da campanha “Hora do Planeta”, conhecida globalmente como Earth Hour, uma ação que tem o intuito de conscientizar as pessoas sobre o aquecimento global. A campanha propaga a idéia de todos nós cessarmos o uso de energia durante uma hora, no intervalo das 20h30min às 21h30min da noite, durante o último sábado do mês de março. E o que pude perceber daqui, das janelas da minha casa, foi que quase ninguém aderiu à campanha. Talvez não soubessem, talvez não se importaram. Triste ambos os motivos.

É muito ruim saber que uma campanha dessas, tão importante e com um propósito tão legal, seja de conhecimento de poucos. O movimento teve início em 2007, estamos no seu quinto ano e acredito que o número de pessoas que não fazem nem idéia dessa ação ainda é muito grande.

Aqui na minha cidade, pelo menos pelo meu grupo de amizade, felizmente notei que muitos já eram cientes do dia de hoje, e o assunto vem sendo falado há no mínimo uma semana atrás. Vi a mobilização via twitter, facebook, e outras redes sociais. Achei que quando fosse pra janela, olhar as outras residências, iria ver todas as casas no breu geral. Não foi o que aconteceu. As 20h30min da noite fui observar e a imagem que tive (como vocês podem ver pela foto) foi a de muuitas luzes ainda acesas. Fui pra outra janela e tive a mesma imagem. Esperei mais alguns minutos, afinal tinha acabado de dar a hora, talvez as pessoas estivessem se encaminhando pra apertar o pitoquinho das luzes. Mas não, nenhuma luzinha a mais sendo apagada.

Notei que aqui no meu prédio alguns apartamentos deixaram a luz acesa, uma iniciativa pro ano que vem pode ser divulgar o movimento por aqui. Todo dia vejo um aviso novo no elevador, porque não colocar um desse, né?!

Passa das 21h30min da noite, estou aqui sentada, pensando. A única luz no apartamento inteiro é a luz que vem da telinha do computador. Continuo pensando. Será que as pessoas pensaram sobre o assunto ou simplesmente se prenderam ao pensamento... “Passei uma hora sem energia, já fiz a minha parte. Pronto, acabou, ano que vem fico sem usar energia por mais uma hora e sigo fazendo meu papel.”? Espero que elas pensem.

Talvez as pessoas tenham se ligado mais de que hoje é comemorado o “Dia do Chocolate” do que se ligado na “Hora do Planeta”. Realidade triste.

ps: Pra quem se interessar... http://horadoplaneta.org.br/index.php?p=home

26/03/11

quinta-feira, 24 de março de 2011

Ao menos tentar...


Com todo esse desastre que aconteceu e está acontecendo no Japão fica quase impossível não pensar na vida. Na nossa vida e na daqueles que ainda virão.

Sei que essa tragédia no Japão não foi causada por obra do homem e que o desastre só foi menor por causa do mesmo. Mas vamos parar pra pensar um pouco. O mundo já está sujeito a desastres naturais e nós, seres humanos, ainda não cuidamos bem daquilo que nos foi dado pelo cara lá de cima. Não bastasse todos os danos que a natureza mesmo causa, nós ainda fazemos mal ao mundo, a nós mesmos e aqueles que virão a habitar nosso planeta um dia. Chega uma hora que não dá mais, pelo menos pra mim não dá mais. Eu quero ser consciente, agir com o mundo de maneira consciente. Pensar mais nas conseqüências das minhas ações. No que eu posso fazer pra ajudar o meu planeta.

Essa semana estava indo almoçar com umas amigas e no caminho surgiu o assunto do desastre do Japão, que puxou o assunto sobre desastres naturais, que puxou o assunto sobre o mal que o próprio homem causa a natureza e, conseqüentemente, a si mesmo, que puxou o assunto sobre o fim do mundo.

Bem, alguns acreditam que estamos sim nos caminhando para o fim do mundo em 2012. Que nos últimos anos fomos vítimas de vários desastres, que estes estão ocorrendo com mais freqüência e que isso é um sinal. Outros não acreditam no fim do mundo em um futuro muito próximo, mas sabem que o período de vida na Terra talvez esteja reduzido, e isto devido a obra do homem. Alguns não têm opinião formada. Uns poucos (não muito poucos) nem perdem o tempo com o assunto. E ainda existe uma outra parte que acha que nada pode fazer.

Nosso papo não ficou em um nível muito complexo e começamos a falar sobre o que nós poderíamos fazer para não contribuir tanto com o mal ao meio ambiente. A conversa ficou em torno do consumo consciente. Pequenas ações da nossa vida cotidiana que podemos deixar de fazer e não nos fará falta. Ainda no caminho, uma amiga notou que inconscientemente nós já estávamos fazendo algo bom. Éramos um grupo de quatro pessoas que estavam indo para o mesmo lugar e ao invés de nos locomover cada qual com o seu carro, fomos todas juntas em um único veículo.

Nossa segunda parada foi no shopping e fomos nos encontrar com uma amiga que estava em uma livraria. Compras: garrafinha de água + livro. Ao pagar, a moça do caixa perguntou se queria que colocasse o livro em um saquinho plástico, e minha amiga respondeu que não era necessário. Mais uma ação legal do dia. O livro foi colocado na bolsa e o saco plástico, que seria usado somente para levar um livro e depois provavelmente acabaria no lixo, foi poupado. Segunda coisa boa que notamos ter feito. Ah, mais uma coisa legal, a garrafinha de água. Depois de beber toda a água da garrafa ela não foi parar no lixo. Ao invés de jogar fora e daqui dois minutos comprar outra, a garrafinha foi guardada pra ser cheia se preciso. Terceira coisa boa do dia.

O que eu quero dizer com tudo isso é que podemos sim ajudar o meio ambiente. Fazemos muitas coisas no nosso dia-a-dia que se deixarmos de fazer não nos farão falta alguma. Quantas e quantas vezes não saímos de casa pra nos encontrar com os amigos e cada um vai no seu carro? Quantas vezes não temos paciência de andar com uma garrafinha de água vazia na mão ou dentro da bolsa e a jogamos no lixo? Compramos uma coisa minúscula que caberia facilmente dentro de nossas bolsas e ainda assim usamos um saquinho plástico? Temos preguiça de ir até o lixo e jogamos o lixo no chão? Dá próxima vez que eu for ao supermercado vou levar minhas sacolinhas pra não precisar pegar mais saquinhos de plástico, e AI de quem me chamar de maracatu!! Solto logo um...”Maracatu é a mãe e você devia fazer o mesmo que eu,idi.” (até parece kkk). Nós, brasileiros, não temos esse costume e é uma pena, se tivéssemos seria tão bom. São coisinhas miúdas como essas que podem ser feitas pra poupar um pouco o meio ambiente e não nos tocamos ou importamos em fazer. Não custa nada tentar criar o hábito.

Ontem fui a locadora e o cara que estava no caixa me fez a mesma pergunta que fizeram a minha amiga na livraria, me perguntou se queria um saquinho. Essa pergunta me deixou muito feliz. Respondi que não e sai feliz da vida com meu DVD em mãos e com uma sensação legal de estar fazendo uma coisa boa. Simples né?! É assim que percebemos que pequenas coisas fazem a diferença. E se você aí tá pensando que isso não adianta e que você não precisa fazer a sua parte porque na verdade “ninguém” faz, beleza. Só sei que eu estou muito feliz em estar fazendo coisas boas pra mim, pra você, pro meu mundo e pro mundo daqueles que virão. Disponha!

p.s: Quem puder visitar! ;) http://www.akatu.org.br/

16/03/11

quarta-feira, 23 de março de 2011

Sem nexo/Tentando ter nexo

Amor...  o que porra (sorry) é o amor? Sério. E porque raios estou escrevendo sobre isso? Mudança de pensamento, please. Tema muito complexo pra se pensar a essa hora da noite e, definitivamente, não pretendo passar a madrugada acordada.

Hm.. outro assunto então. Ah não, espera... dá pra falar de amor, sem ser amor, AMOR de perder o apetite, de ficar com o corpo trêmulo, de ter náusea (é, isso acontece comigo, sometimes), de ficar esperando mensagem no celular, de ficar boba, enfim... já deu pra entender o tipo de amor, né?!

Assisti a um filme essa semana chamado “A última música”, (título original “the last song”). É aquele com Miley Cyrus (que por sinal devo dizer que tem os dentes horríveis –é, eu sei, eu reparo muito nisso). Escolhi esse filme jurando que ia ser bem lesado, e que eu ia dormir bem leve depois de assistir a um romance adolescente. Engano meu. Achei a história muito linda, chorei muito, muito mesmo, daquele jeito que você deixa seu lençol branco todo transparente e quando se olha no espelho, depois do filme, UOW, se assusta percebendo o quanto o seu rosto pode ficar inchado. Enfim, o filme fala de amor adolescente, mas fala também do amor fraternal, no caso, entre pai e filhos. Caraca, muito lindo. Vou dizer de novo que chorei muito, tá?! Pois é, chorei horrores. Quando o filme terminou fiquei meia hora olhando pro tempo, perdida, pensando na vida. Resumo da história (a minha, não a do filme, porque vou mandar esse texto pra uma amiga que ainda não assistiu e se eu contar a história, ela me mata): fui dormir toda inchada, com o nariz entupido, lençol molhado, e o pior, com o coração pesado.

Qual era o meu propósito quando comecei a escrever aqui mesmo? Acho que estou com sono. Me perdi aqui. Vou dormir.

Ah... eu acho que o amor é lindo (o tipo que eu entendo, mais penso que o outro deva ser também).

13/03/11
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Gente, to aqui (23/03/11) relendo esse blábláblá aí de cima e não vou conseguir deixar esse ‘texto’ desse jeito. O que eu pretendia dizer com todo esse enrolado é o quanto o amor é um sentimento lindo. Quando eu penso sobre isso não consigo nem escrever, me perco, não acho as palavras certas. Mas eu acho que o amor é assim mesmo, né?! Sem definição!

É muito bom chegar em casa e ver minha mãe, meu pai, minha irmã, meu cachorro, Z. (que já não trabalha mais aqui =/ ) e meus ursinhos de pelúcia jogados em cima da cama. Sim, eu amo meus ursinhos de pelúcia, dou boa noite a eles todos os dias e odeio quem fica jogando eles no chão (indireta pras amigas, se ligaram, né?!). Sentir esse tipo de amor é muito gostoso, acalma, me deixa leve.

Adoro quando chego em casa e vejo meu pai e minha mãe feito dois bobos brincando com Didi (não, Ro, o nome dele não é pinto ¬¬). Parecem duas criancinhas. Vê como esse sentimento é belo? Também adoro quando minha mãe sai de casa e diz “tchau meu baby, mainha tá saindo”, como ela fez nesse exato momento, ou quando ela me chama de “Lelinha”, é muito bom sentir o carinho. Ou quando meu pai fica todo orgulhoso quando me apresenta aos amigos e fica todo, todo, contando os mil planos que ele tem pra mim (e que eu fico sabendo na hora  ¬¬ ). Ou quando minha irmã se preocupa comigo e vem conversar sobre algo. Quando a gente se entende e uma acoberta o erro da outra na frente dos nossos pais.  Uau, sério, inútil tentar definir o amor. Você simplesmente sente.

Também adoro quando Ro vem toda melosa me dando beijos e abraços (apesar de eu não fazer o mesmo) e contando todos os seus ‘problemas’, e que me dá bronca por faltar aula, e que se sair um dia sem mim me manda mensagem ou liga dizendo que tá sentindo falta; quando Ray vem pra mim com seus dramas e grosserias e mesmo assim não agüenta passar um dia sem mim (haha), que dança super engraçado e sabe todas as coreografias de Lady Gaga; quando Re me ouve e leva em consideração tudo o que eu falo (me fazendo sentir bem mãe e responsável às vezes) e também adoro quando ela ouve minhas coisas e minhas promessas e diz acreditar em mim mesmo sabendo que aquilo não será posto em prática; adoro conversar com Rafa e ouvir suas pétalas ou aquela risada gostosa que torna impossível o rosto não se contorcer todo num sorriso, adoro chamá-la pra sair nos dias de domingo (sabendo que ela já me disse milhares de vezes que trabalha nesse dia) ou oferecê-la cerveja (sabendo que dessa bebida ela não bebe); adoro AG que fica indignada quando lavo e seco meu cabelo a noite e fica dizendo que me arrumo pra ir dormir, adoro relembrar nossa viagem e contar pra todo mundo que ela me fez ouvir o CD de Glee umas quinhentas vezes seguidas, e que ela dormiu o caminho todo numa viagem, e que ela tem princípio de toc; adoro quando E. vem conversar comigo depois de anos sem nos falar, e me chama de abor, e diz que tá com saudades, e parece que nada mudou, me sinto a vontade do mesmo jeito, como se a visse todos os dias como antigamente; adoro Carol e seu jeito fresco de ser, com seus gritinhos super finos e seus comentários sempre muito engraçados; adoro minha amiga Mari (de Recife) que fica me contando suas aventuras pelo mundo e brigando comigo por eu ser besta (ou não) em certo aspecto; adoro minha amiga Camila (também de Recife) e seu jeitinho todo meigo e menininha de ser, e que se espanta facilmente com as coisas; adoro A Manu (a guriaa do Sul) que me faz rir o tempo todo, que diz que não se fala ‘mainha’ e sim ‘mãe’, e que quando eu pergunto o que ela vai fazer me responde  um ‘a taRde eu vou ir lá no shopping fazer umas comprinhas’. Você vai ir pra oooonde criatura? Kkkk; adoro A Jéssica (bailarina de sapateado irlandês e com um prêmio mundial nas costas, é a fraca!) e seu jeitinho menininha, parece uma bonequinha de poRcelana e me mata de rir quando fala que não tá namorando e liga pro amOR dela todos os dias dando satisfação; adoro Bruna (também de Recife) que fala ‘minha gente’ cem vezes ao dia, que se aperreia com qualquer coisa, e que é super fofa e estilosa; e por fim, adoro a amiga mais antiga de todas, minha Inês, que tem seu jeito efusivo e sua voz alta, jeito afoito de ser, e que muitas vezes bateu de frente comigo por pensarmos diferente, e que foi morar longe e nem por isso deixou o sentimento mudar, e que vai morar mais longe ainda e mesmo assim  tenho certeza de que tudo vai continuar do mesmo jeito.

Bem, entendo tudo isso acima citado como o tão falado AMOR.

p.s: lê-se AMOR em todas as palavras ADORO escritas acima. Troquei pra não desgastar. AMO vocês. =)

23/03/11.

Viver!

Nos últimos tempos conheci muitas pessoas e criei novas amizades. Conheci pessoas incríveis, que viraram grandes amigos, ou que não chegaram a tanto, mas nem por isso deixaram de ser incríveis. Conheci pessoas também que não chegaram nem a fazer parte de um capítulo completo da minha vida, pessoas bem de passagem mesmo, mas nem por isso deixaram de acrescer algo a mim, afinal tudo gera aprendizado e acredito que todas as pessoas que cruzam nossas vidas o fazem por algum propósito.

Não sou a pessoa mais fácil de fazer novas amizades, mas ultimamente isso até tem mudado. Estranho!! Será que mudei? Bem, não sei. Sei que continuo sendo chata, então se mudei foi em outro aspecto. Talvez eu esteja mais tolerante, não levando tudo tão a sério, sorrindo mais. Dizem que você atrai o que você transmite, então eu devo tá transmitindo muita positividade, porque minhas aquisições desses últimos anos não poderiam ser melhores.

Me distanciei de algumas pessoas, conheci e me aproximei de outras. Posso dizer que no quesito ‘amizade’ eu to muito bem na fita. Não posso nem pensar em reclamar. No momento não troco nenhuma saída morgada entre amigas pra um bar fubeca, por uma saída cool com um paquerinha. E não é só porque não tenho paquerinhas no momento, juro! Sempre coloquei minhas amizades em primeiro lugar, juntamente com minha família, e às vezes meus amigos ainda ganham preferência.

Queria dizer aos meus amigos (mesmo não dizendo), que os amo muito, e que sem querer sem muito melosa, mas já sendo (será?), não teria possibilidade de viver sem eles. Impossível imaginar uma vida sem as idiotices compartilhadas, sem momentos de tensão, sem puxões de orelha, sem caras feias, e principalmente, sem o som das risadas conjuntas e que facilmente são reconhecidas em meio a qualquer outro barulho!

Como eu tenho tudo isso, eu vivo pra essas pessoas e finjo demência pra todas as outras que não importam! Aprendi a dar valor as coisas boas da vida, e o mais importante, a reconhecê-las. Viver!

05/12/10

terça-feira, 22 de março de 2011

Calar-me-ei

O mundo dá voltas e uma perguntinha chata sempre resolve voltar a aparecer. “Por quê? Porque a minha vida é assim?”.

Às vezes costumo achar que a vida não é justa comigo, mas será mesmo? Dizem que as coisas acontecem quando devem acontecer, então, ‘i’m waiting’. Tenho plena consciência de que todos já chegaram a esse ponto de se indagar pelo menos uma vez, se não mereciam nada melhor da vida! Parece que as coisas boas só acontecem com as pessoas que nos rodeiam. Mas será mesmo? Ou será que não conseguimos enxergar as coisas maravilhosas que nos acontecem porque damos importância em demasia a alguma coisa que deu errado? Colocar tudo na balança é necessário!

Resolvi escrever aqui e ver o que saia porque estava me sentindo pesada, meio mal, mas a partir do momento que escrevi a primeira linha, levando a pergunta para o lado negativo, percebi que minha vida está repleta de coisas boas, as quais devo agradecer e muito.

Chega o final de ano, faculdade a mil, milhares de provas e seminários imprensados em um curto espaço de tempo, férias chegando e uma vontade imensa de que as responsabilidades diminuam e chegue logo o período do “ócio”. O período em que podemos fazer o que quiser com o nosso tão precioso tempo.

Percebo que às vezes simplesmente me perco em meio aos acontecimentos, reclamando da vida quando algo dá errado, ou fazendo um drama gigantesco achando que as coisas “ruins” só acontecem comigo. Parece que classifico meus problemas como uma P.G e os meus momentos felizes como uma P.A. Nada justo! É aí que me dou conta do bem mais precioso que me foi concedido, meus amigos e minha família, e contra isso nada é relevante. Eu sou muito é feliz, só tenho a agradecer. Portanto, foda-se o resto! Calar-me-ei!

27/10/10

Faz bem

Sabe quando você conhece uma pessoa e de cara já se sente completamente à vontade? Caraca, isso é tão bom. Não encontrei muitas pessoas que me despertassem esse tipo de reação no primeiro contato, mas quando isso acontece, é muito bom. Me ‘apresento’ com um simples ‘oi’ e quando vejo o tempo voou e eu já estou comentando sobre meus hábitos mais idiotas, e sendo idiota. E momentos como esse são muito raros na minha vida. E eu adoro ser idiota. E eu começo a me perguntar por que demorei tanto pra conhecer aquela pessoa. E talvez a gente nem se torne melhores amigos, mas só o fato de aquela pessoa agora fazer parte da minha vida, mesmo que com pouco contato, já me deixa muito feliz.

Tem também aquelas pessoas que após o primeiro contato você não pensa que serão tão importantes assim. Que talvez vocês nem se vejam ou se falem mais. Mas é só encontrar com ela de novo e sua opinião muda. E quando dá por si, já se sente muito bem com um simples ‘oi’ de um alguém que anteriormente você julgava ‘não importante’.

Tem pessoas que não sou muito próxima, mas tenho um carinho enorme. Um carinho que eu não consigo explicar. Até porque nem mesmo eu entendo. E essas pessoas conseguem fazer o meu dia sair do buraco, da mesmice ou até mesmo transformar um dia muito bom em um dia melhor ainda, mesmo sem estar fisicamente presente, me bastando apenas lembrar delas, seja lá qual for o motivo. E eu sou muito feliz por isso. E algumas dessas pessoas nem mesmo sabem disso. E algumas dessas pessoas nem mesmo podem ser consideradas como meus melhores amigos, e ainda assim me trazem tamanha alegria. Isso é muito bom.

Há um tempo atrás fiquei com uma pessoa em uma festa, e foi assim que a conheci. Pois é, fui bem fácil. Nunca mais fiquei com essa pessoa, mas não por não ter gostado dele. Muito pelo contrário. Eu gostei muitíssimo, mas de outra maneira. Deu vontade de ser amiga. Amiga de falar idiotices sem ter vergonha. E sinceramente, eu nem sei por quê. É assim é pronto. Ele é uma daquelas pessoas que comentei anteriormente. Ele e algumas outras pessoas simplesmente me fazem bem.

10/11/10

Bizarro

Eu sou muito estranha, todo mundo me diz isso, e pra falar a verdade eu me divirto horrores sendo estranha e quando me chamam de estranha. Mais estranha ainda, certo? Bizarra. Só que, o que é ser estranha?

Conversando com um amigo meu um dia desses, ontem pra ser mais precisa, uma das palavras que mais se repetiu na nossa janelinha foi ‘estranho’, e nas nossas conversas ela é sempre a mais citada. Mais porque eu sou estranha? Porque ele se acha estranho também? Nós somos estranhos porque quando não temos nada pra fazer escrevemos besteiras? Digo, besteiras no meu caso, claro. Ele nunca me mostrou nenhum texto que já tenha escrito. Sou estranha porque não vendo sorrisos e não falo alto pra chamar atenção? Estranha porque costumo ser muito sincera até com pessoas que mal conheço e isso não é considerado ‘normal’ hoje em dia? Sou estranha porque não forço simpatia? Porque quando estou com raiva consigo ficar mais séria do que o de costume?

Pensando assim, o significado de ser estranha acaba me lembrando o significado de ser verdadeira. E nesse caso, eu adoro ser estranha. As pessoas estão cada dia mais presas no pensamento de que precisam ser aceitas pelos outros, precisam da aprovação alheia em tudo. E pra conseguir isso o que elas fazem? Se comportam e agem igual a todo mundo. Fingem ser pessoas que não são. O que devia ser normal passou a ser estranho, e o que na verdade é estranho, passou a ser considerado normal. Então viva os estranhos!

As pessoas não precisam criar um personagem pra serem aceitas ou terem amigos. Eu sou um exemplo disso. Não vou dizer aqui que eu sou a pessoa mais verdadeira do mundo, que nunca fingi um sorriso ou algo do tipo. Não. Mas a minha personalidade é baseada na honestidade com que eu me trato. E eu gosto muito de mim. Eu procuro ser verdadeira pra eu mesma poder me aceitar, assim como eu sou. Bizarra, estranha, ou simplesmente comum. E só assim as outras pessoas vão poder ter a oportunidade de me aceitar também, e não um personagem.

Minha amiga E, sobre quem comentei no texto passado, uma vez me escreveu uma ‘cartinha’ de aniversário e uma parte dizia, “A primeira impressão sua é rude, grosseira e antipática! Mas você está longe disso”. Gente, eu acho isso incrível. Uma pessoa pode passar uma primeira impressão ruim, ou até mesmo ser assim, e nem por isso vai morrer sem amigos. Muito pelo contrário. Vai fazer amigos muito verdadeiros, capazes de aceitar e suportar todos os seus defeitos. E sabe por quê? Pelo simples fato de todos nós termos defeitos. E aqueles que conseguem enxergar isso, admirar o fato de algumas pessoas não esconderem quem são, e perceber que criar personagens não é a melhor saída, vão conseguir conhecer, entender e criar vínculos com os seres humanos e suas qualidades, porque os defeitos a essa altura já nem valem nada e os personagens perfeitinhos vão ficar somente nos contos de fada.

E aí, você é normal ou estranho?

27/10/10

Blah

Aniversário chegando, data tensa. Quando era mais nova eu gostava muito quando se aproximava esse dia, já hoje não sei. É claro que o dia do seu aniversário, celebrar seu nascimento e poder comemorar mais um ano de vida são motivos de felicidade, mas os anos se passaram e essa data passou a ter pra mim sinônimo de reflexão, autoconhecimento. Reviver rapidamente na memória tudo aquilo que se passou desde a data da reflexão do ano anterior, e isso me deixa estranha. Como diz Tati Bernardi, “um pouco mais estranha do que ser estranha permite”. É impossível pensar somente no último ano, tudo se entrelaça, uma coisa se liga a outra e um ano que se passou rapidamente se transforma em vinte, e um. E nesses vinte e um anos tem muita coisa pra se lembrar.

Eu não sei por que mais sempre me prendo nas coisas mais ‘negativas’, talvez seja por elas sempre se associarem a grandes aprendizados, talvez não. Talvez eu apenas continue com o meu pensamento de ser pessimista. Pensamento esse já de fundo otimista. Análise complexa como já diz minha amiga, E. Enfim, é, não sei.

Uma das coisas que mais penso nessa minha fase mais estranha, é sobre amizade. Esse sentimento exerce um poder gigantesco sobre mim. Porque será que aquela sua melhor amiga de anos (muitos anos), não é mais a sua melhor amiga agora? Tá beleza que as pessoas crescem e mudam, mais porque não passamos por isso juntas? Eu sempre pensei que as minhas amizades iriam durar pra sempre, eu realmente acreditava nisso. Eu já amei e amo tanto as pessoas que estão ao meu redor, que eu não aceito e me revolto que a vida me force a aceitar que daqui um tempo essas pessoas podem não fazer parte da minha vida como fazem hoje, ou que elas podem me magoar. Não que o amor compartilhado agora não seja verdadeiro, mas as pessoas mudam. O mundo muda. Tudo muda. E eu não posso controlar isso. E eu não quero isso. Quero que minhas amizades durem pra sempre, quero que as pessoas sempre sejam verdadeiras, quero poder fazer besteiras e viver besteiras alheias e daqui anos e anos poder lembrar de tudo, ao lado dos meus amigos. Poxa, é pedir demais que minhas amizades sejam eternas?

Lendo agora essa minha pergunta, eu chego à conclusão de que, pra mim, as amizades são realmente eternas, elas nunca acabam. O contato não é mais como era antes? Beleza. A cumplicidade não é mais a mesma? Ok. Mais e o carinho? Enquanto o carinho permanecer o mesmo, a amizade permanece. Motivos supérfluos não são suficientes pra acabar uma amizade. Falta de consideração sim, mas aí já são outros quinhentos. Falo isso sobre mim, em meio a minha reflexão de mais um ano de vida. As outras pessoas eu não sei. E hoje eu procuro não esperar demais das pessoas. Mesmo sabendo que estou longe de alcançar esse objetivo, continuo tentando. Já apanhei muito por isso, mas meu pensamento continua o mesmo. Não se ama ou se doa a alguém esperando algo em troca. Isso acontece pelo simples fato de te fazer bem. E isso me faz bem. Portanto, eu vou continuar amando, me doando, descabelando, preocupando com aqueles que eu amo, mas não por querer que eles façam o mesmo por mim. Eu vou continuar assim, somente por saber que eu posso fazer alguém se sentir bem, e isso me basta.

Eu não sou o tipo de menina que conquista a amizade de todos e, sinceramente, não pretendo mudar o meu jeito de ser. Eu não sou efusiva, não gosto de chamar atenção, não falo alto e não forço amizade. Sou na minha, se tiver a fim de agüentar minha cara séria, meus surtos de mau humor e minha falta de melosidade, beleza. Não sou falante, não sou simpática, escuto mais do que falo. Gosto de observar. É o meu jeito tímido de ser. Uma barreira? Talvez. Talvez seja minha catraca seletiva de amizades. Se alguém for capaz de passar por tudo isso, pode chegar às minhas qualidades, que sinceramente eu não sei quais são, mais meus amigos devem saber. (...)

26/10/10